Aniversário Geração da Paz, 5 Anos! 60º Agenda 22
Nas Palavras de Maurício Holanda Maia
Secretário da Educação do Estado do Ceará
“ um
menino nasceu, um
filho nos foi dado…
E
ele será chamado Bom
Conselheiro,
Deus
Poderoso,
Pai
Eterno,
Príncipe
da Paz.”
(citado de
Isaias 9,6)
A paz
é a maior necessidade de toda e qualquer sociedade humana. A paz é
também a maior riqueza que cada pessoa humana pode encontrar,
construir, conquistar, desenvolver ao longo de sua vida.
Uma
das experiências que nos auxilia a encontrar a paz é encontramos
no olhar das pessoas que são importantes pra nós o reflexo do valor
que elas nos dão e da importância que temos pra elas.
Assim,
uma das maneiras de construir a paz é reconhecermos a dignidade e o
valor de cada ser humano que encontramos em nossa vida e refletir
isso na forma como olhamos para o nosso próximo, nossos irmãos. Os
nossos manos.
Vem
dos nossos irmãos indianos uma forma muito bonita de saudar uns aos
outros. Quando duas pessoas se encontram, elas se olham nos olhos,
unem as mão nos peito, inclinam a cabeça uma para a outra e dizem a
palavra namastê. Essa única
palavra tem um profundo significado. Numa tradução livre ela quer
dizer: “a centelha de Deus que habita em mim saúda a centelha de
Deus que habita em você”.
Como
faz bem sentirmos
que temos Deus dentro de nós
e também
podemos reconhecer esta mesma Luz em cada outro ser humano, filho de
Deus.
Esse
sonho e essa promessa de Paz também está lindamente representada na
nossa tradição judaico-cristã pelas palavras do profeta Isaías,
quando este nos fala de um tempo (que há de chegar um dia) em que as
nações não lutarão mais umas contra as outras, em que o aço das
espadas será transformado em “foices” e em “arados” para
cultivamos na terra flores e frutos. É esse mesmo Isaías que nos
fala do nascimento de um menino que será chamado “príncipe da
paz”.
Esse
menino quer e pode nascer todos os dias em nossos corações. E
quanto mais ele toma conta do nosso ser, mas fácil é para nós
re-conhecê-lo habitando o ser das outras pessoas. Das pessoas da
nossa família, das pessoas da grande família humana.
Foi e
é com este sentimento e esta compreensão, que nós da Secretaria de
Educação, lançamos, há exatos cinco anos, em 22 de setembro de
2010, a ideia de um programa voltado para as nossas escolas, ao qual
chamamos Geração da Paz.
Porque
vemos o quanto todos nós (nossos alunos e suas famílias, nossos
professores, funcionários e gestores escolares e também suas
famílias) queremos ter mais paz nos nossos lares, nos nossos
ambientes de estudo e de trabalho e em nossas comunidades.
Precisamos
e podemos fazer nossa parte no trabalho de gerar paz.
E também precisamos e podemos dizer pros nossos alunos e nossos
filhos, sobrinhos e netos que eles, que são nossa nova geração,
podem ser uma geração da paz.
Também
queremos dizer aos jovens dessa nova geração, essa que pode ser a
geração da paz
que precisamos da sua boa vontade e confiamos na
sua
capacidade
de superarem as dificuldades desse momento para serem geração
melhor e mais pacífica do que a nossa.
De
nossa parte podemos e devemos nos comprometer
de fazer o que for possível para apoiar as iniciativas de nossa
juventude no sentido de aprender (fazendo) a paz que queremos fazer.
Podemos conversar, podemos compartilhar com nossos jovens nossas
sonhos e experiências
passados e presentes.
Podemos
nos esforçar para compreendê-los melhor e pedimos a também
que nos compreendam. Somos humanos, temos defeitos, temos fraquezas.
Também
temos medo e nos sentimos muitas
vezes impotentes diante de situações injustas e violentas que já
existiam antes de nós nascermos ou quando eramos jovens.
Mas
podemos dar as mãos de maneira solidária e fraterna. Sem dúvida não
podemos fazer tudo
que precisa ser feito, mas certamente podemos
fazer alguma coisa.
Temos
tantas coisas mais para conversar... Por hora vou parar aqui com um
convite-pedido: que neste dia 22, cada um de nós eleve um pensamento
ao Alto, faça uma oração pedindo paz pra si mesmo, para nossos
próximos e para o mundo. E... quem se sentir mais
inspirado
e motivado, que
diga
uma palavra, faça um gesto, cante um canto de paz e compartilhe com
seu
amigo, seu professor, ou qualquer
outra pessoa que queira
receber a sua (nossa) oferta.
Que Deus, menino, nasça, cada dia e sempre em nossos
corações.
Fortaleza,
22 de setembro de 2015.